A fibra ótica é composta de material
dielétrico: silícia e plástico.
Consiste em uma região central
chamada núcleo, envolta por material dielétrico chamada casca.
A casca com material de índice de
refração ligeramente inferior ao do núcleo, oferece à propagação de energia
luminosa pelo mecanismo de reflexão
total.
O perfil de índice de refração é a variação do índice de refração ao longo da
estrutura da fibra ótica.
Índice Degrau: índice de refração do núcleo (n1) é constante e ligeramente superior ao
índice de refração da casca (n2) também constante. A fibra é chamada de fibra
ID.
Índice Gradual: índice de refração do núcleo (n1) varia continuamente do centro da fibra
para a casca. A fibra designada por fibra índice IG.
A capacidade de banda passante
depende da geométrica e do perfil de índices da fibra ótica. As característica
dependem do material dielétrico, processo de fabricação e dos revestimentos
utilizados.
Angulo de Aceitação: os raios de luz incidentes na fibra com inclinação superior a ele, não
são transmitidos pelo núcleo da fibra, mas penetram na casca onde são
fortemente atenuados e desaparecem.
O alargamento dos pulsos é
genericamente tratado como dispersão. A atenuação
está diretamente associada às perdas de transmissão.
Atenuação é um fator central no projeto. Os pontos onde podem ocorrer perdas são:
acopladores de entrada do sinal, emendas, conectores, dispositivos passivos,
própria fibra. Os responsáveis pela atenuação em fibras óticas são os
seguintes: absorção, espalhamento, curvaturas, projeto do guia de onda.
Absorção Intrínseca: mesmo o vidro com elevadíssimo grau de pureza absorve de forma
significativa a energia luminosa. É muito forte na faixa de curtos comprimentos
de onda (ultravioleta), designada por absorção UV.
Dopante é
uma substancia introduzida propositalmente do vidro, com objetivo de modificar
o índice de refração. Impureza é uma substância indesejável
que se introduz do vidro durante o processo de fabricação. Dos tipos
particularmente inconvenientes estão: íons metálicos e íons OH.
Espalhamento ocorre quando parte da energia luminosa que está se propagando ao longo
da fibra ótica é convertida em modos e/ou comprimento de onda que não propagam
bem pela fibra.
Espalhamento Linear: consiste no espalhamento Rayleigth
e Mie. Ambos são causados por não homogeneidades aleatórias do índice de
refração. Rayleigth essas não
homogeneidades são muito menores que o comprimento da onda da luz, enquanto Mie
são comparáveis ou maiores que a onda da luz.
Espalhamento não Linear: gerados por campos óticos fortes nas fibras
óticas. Um dos processos não lineares é o espalhamento
de Brillouin, que é gerado em níveis elevados de potência pela modulação do
sinal ótico propagaste por vibrações moleculares dentro do meio (vidro). Outra
forma de espalhamento não linear é o espalhamento de Raman.
Curvaturas Macroscópicas: referem-se aquelas de grande raio, tais como
ocorrem quando enrola uma fibra em um carretel ou quando a fibra deve contornar
um canto.
Existem três mecanismo básicos de
distorção em fibras óticas:
Distorção Modal: caracteriza-se por afetar a transmissão em fibras multímodo, e resulta
do fato de cada modo de propagação, para um mesmo comprimento de onda, ter uma
velocidade de propagação de grupo diferente.
Dispersão material e dispersão de guia de onda juntos correspondem a chamada dispersão cromática ou intramodal. A dispersão
cromática é resultante da
dependência da velocidade de propagação de grupo de um modo individual do
comprimento de onda. Os efeitos aumentam com a largura espectral da fonte
luminosa. A dispersão material é o alargamento de pulso decorrente da variação
do índice de refração do material com o comprimento de onda. A dispersão por
guia de onda é o alargamento de pulso decorrente do índice de refração efetivo
do guia de onda com o comprimento de
onda.
A dispersão material é uma
caraterística da natureza do material. A dispersão de guia de onda depende do
índice de refração escolhido. Utilizando diferentes índices de refração podem
ser obtidos:
Dispersão Deslocada (Dispersion Shifted DS): são fibras em que a curvatura de
dispersão cromática passa pelo zero na terceira janela de transmissão.
Dispersão Plana: são fibras que para uma faixa de comprimento de onda apresentam
dispersão cromática praticamente constante. Importante para sistema WDM.
Fibras multímodo suas perdas são
associadas pela microcurvaturas, distorção modal, diâmetro efetivo do núcleo e
abertura numérica Fibras monomodos pode afetar, principalmente as perdas por
microcurvaturas e o comprimento de onda corte. O desempenho de um cabo óptico
pode diminuir ao longo do tempo por 3 razões:
1.
Atenuação crescente pela presença de hidrogênio, que pode ser gerado
pela corrosão metálica da estrutura de suporte físico do cabo.
2.
Fadiga estática podendo fazer com que uma fibra óptica se quebre anos
após a instalação do cabo.
3.
Evelhecimento térmico da estrutura do cabo, fazendo com que a atenuação
induzida por microcurvaturas aumente.
O processo de buffering de uma fibra
ótica pode ser de dois tipos:
Modo solto (Loose): Um tubo longo com diâmetro interno maior que o diâmetro da fibra, contém
a fibra, isolando-a das tensões mecânicas no cabo. O material do tubo loose
pode ser duro, liso e flexível. Cabo
vantajoso para lugares que exigem altas tensões durante a instalação, como
cabos aéreos e cabos submarinos. Também é indicado para sistemas de longa
distância, onde é crítico o desempenho com baixas perdas a longo prazo.
Um Sistema de Transmissão por fibras
ópticas é constituído por um transmissor óptico, um receptor óptico e um cabo
de fibras ópticas. Os sistemas de transmissão por fibras ópticas podem ser
classificados segundo sua tecnologia, características básicas e aplicações.
Os sistemas podem ser classificados como configuração básica ponto a
ponto (conforme a Figura 1), ponto-multiponto (conforme Figura 2). Os sistemas
ponto-multiponto são aplicáveis em redes locais e utilizam acopladores ópticos
passivos. Os sistemas ainda são classificados segundo a sua tecnologia em
analógicos e digitais, e quanto à aplicação em sistemas de longa distância e
sistemas locais ou de curta distância.
Moduladores: Os moduladores são elementos que convertem um sinal óptico cw de entrada
em um sinal de saída com características digitais ou analógicas. Os moduladores
podem ser de 2 tipos:
Moduladores
absortivos o guiamento da luz se dá por um material absorsor com tensão
elétrica aplicada. Não havendo a tensão elétrica aplicada, ocorre a absorção da
luz.
Moduladores eletro-ópticos um cristal de material eletro-óptico (LiNbO3,
niobato de lítio) provoca a mudança de fase do sinal óptico caso seja aplicada
uma tensão elétrica.
A fonte de luz é, evidentemente, o
principal componente do transmissor. Os transmissores podem utilizar LEDs ou LASERs. O LED é a fonte
óptica mais comum em aplicações a curtas distâncias e com baixos requisitos de
velocidade. Os LASERs são fontes ópticas
mais comuns para aplicações a longas distâncias e que exijam grandes
velocidades de transmissão.
O circuito driver tem como função fornecer a corrente necessária para
o emissor óptico operar. A modulação da fonte luminosa pode ser feita com
sinais elétricos analógicos ou digitais
O receptor óptico é o dispositivo que detecta o sinal luminoso ao
final da fibra, convertendo-o em sinal elétrico para posterior processamento em
dispositivo eletrônico específico. Assim como os transmissores, no receptor
óptico, uma fibra conectorizada é montada durante a sua construção.
O dispositivo interno do receptor,
responsável pela detecção, é denominado fotodiodo
e gera uma corrente proporcional à incidência de fótons sobre o mesmo. Esta
corrente produzida é, em geral, tão pequena que é preciso uma amplificação
dentro do próprio circuito interno do transmissor.
Há dois tipos de receptores,
classificados de acordo com o fotodiodo empregado: o fotodiodo PIN e o fotodiodo
de Avalanche (APD)
Regeneradores: nos enlaces mais longos, deve-se utilizar nas estações de passagem o
equipamento repetidor ótico. A função
principal é de regenera o sinal óptico recebido na entrada e adequá-lo na saída.
Os regeneradores possuem componentes ativos. Os regeneradores geralmente são do
tipo 3R: reamplificação, reformatação e retemporização do sinal óptico.
Equipamentos do Sistema Óptico
ACOPLADORES ÓPTICOS: podem ser considerados como dispositivos multiportas para combinar ou
separar sinais luminosos. São dispositivos puramente ópticos, operando como
guias de onda luminosa ou elementos de transmissão, reflexão e refração da luz,
não requerendo nenhuma alimentação externa além do feixe luminoso e não possuem
nenhum dispositivo óptico ativo como foto emissores e moduladores. Principais
funções: Separar ou dividir um sinal luminoso; Combinar ou misturar 2 ou mais
sinais luminosos.
FILTROS ÓPTICOS: são responsáveis pela remoção de comprimentos de onda não desejados em um
sinal óptico. Suas principais aplicações são em sistemas WDM, amplificadores
ópticos e sistemas de supervisão de fibra óptica.
AMPLIFICADORES ÓPTICOS: são aqueles que amplificam exclusivamente as
Radiações Luminosas, na forma de Fótons. Sua finalidade básica é a de promover a amplificação óptica dos sinais
entrantes, de forma transparente, independente do tipo de modulação ou
protocolo utilizado.
Portanto, com o uso de AO´s, um sinal
óptico poderá ser transmitido a distâncias muito maiores, sem necessidade de
Regeneradores. O amplificador Raman utiliza o
efeito de espalhamento Raman (Raman Scattering), que ocorre, quando
radiações luminosas interagem com as vibrações dos átomos dos elementos
constituintes da fibra óptica. Estes
átomos absorvem as radiações luminosas e, rapidamente, as reemitem na forma de
fótons. A energia vibracional dos referidos
átomos, dependendo do caso, propicia um aumento ou inflige uma diminuição
dos níveis de energia, que estes fótons originariamente possuíam.
WDM: é
uma tecnologia onde os sinais que transportam a informação em diferentes
comprimentos de onda óptica são combinados em um multiplexador óptico e
transportados através de um único par de fibras, a fim de aumentar a capacidade
de transmissão e, consequentemente, usar a largura de banda da fibra óptica de
uma maneira mais adequada.
DWDM: Processo
de transmissão de diferentes comprimentos de onda sobre uma fibra, é um
revolucionário desenvolvimento do WDM. O desenvolvimento de amplificadores
ópticos que operam a 1550 nm junto com a mais baixa perda daquela janela
proporcionaram o desenvolvimento do sistema DWDM.
CWDM: é de
baixo custo e de fácil fabricação, indicado preferencialmente para uso em Redes
Metropolitanas e de Acesso. Ao
utilizar estes dispositivos, devem ser levados em conta dois aspectos
fundamentais. O primeiro é que estes equipamentos somente permitem ampliação de
um número muito reduzido de canais. O segundo é que, como são passivos, estes
dispositivos introduzem atenuações adicionais, indesejáveis, que podem
inviabilizar uma interconexão caso a atenuação deste enlace já esteja no limite
ou próxima dele.
OPTICAL ADD-DROP(OADM): Permite que comprimentos de onda fossem
retirados e, ou adicionados, em pontos ao longo de um enlace DWDM. Estes primeiros
sistemas eram do denominado tipo estático, isto é, os comprimentos de onda
retirados e inseridos eram fixos.
CHAVES ÓPTICAS: são elementos responsáveis pelo chaveamento ou redirecionamento de
sinais ópticos. São utilizados na redundância de operação de equipamentos de
transmissão, em sistemas de supervisão óptica e em cross-connects ópticos. O
funcionamento das chaves ópticas pode ser feito por solenóides, motor de passo
ou chaves integradas feitas de guias ópticos, que direcionam o feixe luminoso
da porta óptica de entrada para a porta óptica de saída.
Medidas ópticas em fibras ópticas
Quando as fibras ópticas são
fabricadas, é necessário verificar em laboratório se as características estão
dentro das especificações requeridas, destacando-se os seguintes parâmetros: Diâmetro do núcleo, diâmetro da casca,
abertura numérica, atenuação por inserção e retroespalhamento, perfil do índice
de refração, dispersão cromática, largura de banda, comprimento de onda de
corte, diâmetro do campo modal, características geométricas, atenuação
espectral, tensão de ruptura.
Os principais testes mecânicos
realizados em cabos de fibra óptica são:
Teste de tração, curvatura, compressão, impacto.
TESTES DE ATENUAÇÃO ABSOLUTA: objetivo é determinar quanto de
potência óptica é perdida em um determinado enlace. Esses testes são
executados por meio dos equipamentos
denominados medidores de potência (Optical
Power Meter), que funcionam pela injeção de luz de uma fonte luminosa em
uma extremidade de um enlace óptico e, na outra extremidade, a luz proveniente
do enlace óptico é medida com o medidor de potência. Com estes equipamentos
mede-se a atenuação espectral da
fibra, também denominada de atenuação de inserção.
TESTES ANALÍTICOS – OTDR: Os testes analíticos são executados por
equipamentos denominados reflectômetros ópticos no domínio do tempo
(OTDR-Optical Time Domain Reflectometer), cujo funcionamento se baseia na
emissão de pulsos de luz de curta duração com comprimentos de onda determinados
(850, 1.300, 1.310, 1.330 e 1.550 nm), e tem como princípio o efeito causado
pelo espalhamento de Rayleigh e a reflexão de fresnel.
Reflexão de Fresnel: Ocorrem reflexões internas no núcleo advindas de diversos fenômenos e se
estendem ao longo de toda a fibra. Ocorrem também reflexões no fim da fibra
(interface vidro/ar) e em outras interfaces como, por exemplo, conectores,
emendas mecânicas e também em locais onde a densidade do material da fibra
varia. Se a interface no conector for ideal, isto é, clivada perpendicularmente
ao eixo do núcleo, então o coeficiente da luz refletida não excederá 4%.
O pulso de luz é refletido e essa
reflexão é conhecida como uma reflexão de Fresnel. Detectando-se essa reflexão
na tela do OTDR, pode-se calcular a sua distância em relação ao inicio da
fibra.
RETROESPALHAMENTO: Os feixes de luz que viajam pelo núcleo da fibra são espalhados pelo
material. Como consequência destes espalhamentos, ocorrerão perdas que incluem
reduções na amplitude do campo guiado por mudanças na direção de propagação,
causadas pelo próprio material e
por imperfeições no núcleo da fibra.
Zona morta: A zona morta é definida como a distância entre o início de um evento e o
ponto onde um evento consecutivo pode ser detectado. A zona morta é também
conhecida como resolução espacial entre dois pontos, pois determina o
espaçamento mínimo que pode ser medido entre dois eventos.
ZME ou EDZ: Define a distância mínima a partir de um ponto onde ocorre um evento,
até outro ponto onde outro evento de mesma natureza pode ser detectado.
Entretanto, esse evento só pode ser detectado e não se pode medir a perda
associada a ele. Quanto a sua natureza, os eventos podem ser reflexivos (quando
há reflexões de Fresnel) ou não reflexivos (quando há degraus por variação do
nível do sinal retroespalhado).
ZMA ou ADZ: Define a distância mínima do ponto a partir do início de uma reflexão
com o ponto onde o traço do retroespalhamento pode voltar a ser detectado,
podendo ser realizadas medidas para a verificação da localização de eventos
discretos (não reflexivos). Esta distância é medida no ponto onde a curva tenha
retornado a 0,5dB acima do nível da curva retroespalhada, extrapolada para a
esquerda, considerando uma reflectância de 30dB. Geralmente, quanto maior a
potência refletida, maior será a zona morta.
Para a aceitação de emendas, o valor analisado é a média
aritmética entre as medidas de atenuação realizadas nos dois sentidos. A
medição nos dois sentidos se faz obrigatória. O valor da medida de atenuação
que é apresentado pelo OTDR é resultante das diferenças observadas na curva do
OTDR antes e após a emenda. Esta curva é gerada pelo sinal retroespalhado, e
este não varia apenas de acordo com o nível do sinal incidente, mas também com
o coeficiente de retroespalhamento dos trechos de fibras em análise. Se houver
diferenças entre estes coeficientes, o valor medido pelo OTDR não será a perda
real da emenda. Entretanto, quando realizamos a medida nos dois sentidos e
calculamos a média aritmética, estas diferenças se cancelam e o valor obtido é
o valor médio, real, da atenuação na emenda.
Emenda com ganho: A explicação para este ganho é que a fibra que está após a emenda está
retroespalhando mais luz do que a fibra que está antes da emenda. Isto pode
ocorrer mesmo que haja perda na emenda. Quando se faz a medida em sentido
contrário, inverte-se a situação do sinal retroespalhado e a média aritmética
das duas medidas deverá sempre ser uma atenuação, pois uma emenda é um elemento
passivo e nunca irá amplificar a luz que está sendo transmitida. Entretanto, a
imprecisão do OTDR e a falta de cuidado do operador na inserção dos dados no
OTDR podem resultar em uma conclusão de que a emenda está amplificando o sinal.
Analisador de espectro óptico: MWM - Medidor de multicomprimento de
onda, MWM - Medidor de multicomprimento de onda, Medidor de PMD.
Geradores ópticos: são equipamentos que fornecem um sinal óptico de nível ajustável em sua
saída, podendo ser modulado internamente de maneira analógica ou digital. São
úteis para o levantamento de suas características de linearidade nos componentes
e dispositivos dos receptores e para determinação do valor mínimo de um
receptor digital que garanta a taxa de bit especificada.
Clivador: é utilizado para cortar a
extremidade da fibra, de forma a deixá-la lisa. O processo da clivagem é muito
importante para obtermos um bom acoplamento entre as fibras ópticas, tanto em
emendas mecânicas quanto em emendas por fusão.
Acrilato da fibra: Os removedores de acrilato têm precisão micrométrica, retirando os
revestimentos sem atingir a fibra.
Máquina de polir: Quando é necessário o processo de conectorização dos cordões e cabos de
fibras ópticas, é necessário remover o excesso de fibra na extremidade do
conector e, após sua remoção, faz-se necessário o polimento da extremidade. Este
polimento pode ser feito manualmente ou através de uma máquina de polir
à qual o conector é adaptado e a extremidade do conector é polida através de
uma lixa.
As emendas por fusão são feitas
elevando-se a temperatura das extremidades da fibra óptica até o ponto de fusão
do vidro. Esse aumento de temperatura é obtido através de uma descarga elétrica
entre as extremidades das fibras. Para a realização dessa emenda, utiliza-se um
equipamento denominado máquina de emenda óptica, onde as fibras a serem
emendadas são acomodadas em V-grooves existentes na máquina, após terem sido
devidamente preparadas.
Para se obter uma emenda com baixa
atenuação, as fibras têm que estar alinhadas. Nas máquinas de emenda de 1a.
geração isto era feito com um microscópio, nas máquinas de 2a. geração este
processo é automático.
Portas do enlace óptico: São estações pertencentes ao enlace óptico, onde
são inseridos/retirados canais ou tributários, destinados à estações ou
estações “satélites”, a elas interligadas, sob o aspecto de transmissão. São
estações que possuem tráfego intenso (tandens) e situam-se em pontos
estratégicos na rota do meio óptico.
Estações Telefônicas de passagem: São estações situadas no enlace
óptico, cuja função principal é a regeneração do sinal óptico, através da
utilização de equipamento intermediário de linha óptica.
Estações “satélite”: São estações que se situam fora do enlace óptico e se interligam a este
através de portas de enlace óptico, utilizando meios de transmissão existentes
ou não.
Trecho de rota: Interligação entre estações adjacentes que é, ou faz parte, de uma rota
digital.
Janela de fibra óptica: São faixas
caracterizadas pelo comprimento de onda, em torno do qual é mais conveniente a
utilização da fibra para
Cabos de Fibra óptica limitantes: São cabos, cujas fibras ópticas, em
função do comprimento determinado da rota e outros parâmetros do projeto (nível
de recepção, taxa de erro, taxa de bits...), apresentam valor de atenuação/Km
máximo e/ou valor de banda de passagem mínima admissível para este trecho da
rota.
Canalização do trecho de rota: É a quantidade total de troncos ( ou
canais digitais ) entre duas estações adjacentes, englobando a quantidade de
troncos diretos entre as estações e a quantidade de troncos de passagem por
trecho de rota.
y(gama): É o
fator de concatenação da banda de passagem da fibra óptica, limitando a
dispersão modal. Situa-se entre 0,5 e 1.
Hierarquia de transmissão digital: A transmissão de informações através
de pulsos se enquadra nas técnicas de transmissão digital. O sinal a ser
transmitido através da fibra óptica é obtida pela multiplexação temporal de
equipamento de 1a. (2048 Kbps) e 2a. (8448 Kbps) hierarquias PDH (Plesiochronous
Digital Hierarchy).
Sistema de ópticos de longa distância:
A)
Recomenda-se que os equipamentos ELO-34, ROT45 e cabos de fibra
instalados nas estações sejam terminados em um distribuidor intermediário
óptico (DIO).
B)
O DIO, da mesma forma que o DID adiciona flexibilidade, facilita a
manutenção, permite medidas no sistema óptico, passagem para o sistema reserva.
C)
O DIO apresenta dois lados : o lado de equipamentos, onde são terminados
os cabos ópticos flexíveis (pig-tail ou cordão óptico) provenientes dos ELOs. e
o lado de linha, onde são terminadas as fibras do cabo óptico.
Beo-bastidor de emenda óptica: A interligação do equipamento de
linha óptica (por exemplo o ELO-34) com o cabo óptico é feita através de
conectores. A necessidade de utilização do BEO foi devido às dificuldades para
confecção de conectores para interligar as fibras monomodo. Utiliza-se um
cordão monofibra, com conectores em suas pontas, para se interligar o
equipamento ao DIO. A conexão entre o DIO e o BEO se faz através de uma de um
cordão monofibra com o conector em apenas uma ponta.
Os sistemas, usando Laser e fibra
multímodo, têm dispersão cromática muito menor que a dispersão modal, devido à
pequena largura espectral do laser. O cálculo pode levar em conta apenas a
dispersão modal. Utilizando fibras monomodo, o efeito da dispersão modal
torna-se nulo, para efeito de cálculo consideraremos apenas a dispersão
cromática. Os sistemas utilizando LED na janela de 850 nm, aliado ao largo espectro
do LED, tem a dispersão cromática dominando a dispersão modal.
As redes SDH possuem taxas de
transmissão variando desde 51 Mbit/s (denominado STM-0) até 40 Gbit/s
(STM-256), conforme ilustra a Tabela.
A maioria das alternativas à rede SDH
tradicional envolvem formas de combinar tráfego de dados e tráfego TDM dentro
de um único payload do SDH. Isso pode ser efetuado de 2 modos:
Dedicar containers virtuais inteiros
ao tráfego IP ou ATM. Este modo utiliza um payload inteiro do SDH para enviar
pacotes IP ou células ATM e abandona o suporte ao tráfego E1/E3
(2Mbit/s/34Mbit/s). A informação E1/E3 é transportada via emulação de circuito
sobre redes ATM.
Usar concatenação virtual para
agregar containers virtuais de tal forma que um payload não seja
totalmente dedicado a um só tipo de tráfego.
Os VPs (Virtual Path) do ATM podem
ser mapeados nos containers virtuais do SDH, indicados na Tabela 4, com as
taxas correspondentes indicadas na Tabela 4. Da mesma forma, os pacotes IP
também podem ser mapeados nestes mesmos containers. Para suportar variedade de
tráfego, a emulação de circuito no ATM é usada para transportar o tráfego TDM,
e os pacotes de dados são transmitidos usando encapsulamento de multiprotocolo
sobre ATM ou outros protocolos de interconexão tal como Frame Relay sobre ATM
(FR-5 ou 8).
Na Tabela, VC-4-Xc ou VC-4-Xv
significa ter o VC-4 concatenado X vezes na forma contígua ou virtual. No
processo de concatenação, a capacidade de transporte considerada para uma
aplicação, é “igual” a X VC-
4. VC-2-mc ou VC-2-Xv significa ter o
VC-2 concatenado m vezes, na forma contígua ou virtual. A capacidade de
transporte considerada para uma aplicação é “igual” a m vezes VC-2.
Infelizmente, uma porcentagem
significativa do tráfego de dados consiste de pequenos pacotes IP com cerca de
40 bytes. Usando o IP sobre ATM (RFC 2684 – Multiprotocol Encapsulation over
ATM AAL5), o tamanho do payload é ligeiramente superior ao tamanho de uma
célula ATM. Como resultado, o payload requer duas células ATM, a segunda célula
contendo em grande parte bytes de preenchimento e os bytes do cabeçalho. Isso,
combinado com o cabeçalho da primeira célula, resulta numa baixa eficiência
para o transporte de dados.
Esse método em geral pressupõe que o
tráfego E1 e E3 seja transportado via emulação de circuito, significando perder
o suporte nativo deste tipo de serviço, aumenta o potencial para jitter e
introduz cabeçalhos adicionais.
“Coarse wavelength-division
multiplexing, CWDM” é uma alternativa às arquiteturas DWDM caras e complexas
pois provê a oportunidade de continuar o momentum criado pela tecnologia DWDM
em direção a uma rede totalmente óptica. Os sistemas DWDM metropolitanos são
muitas vezes vistos como inadequados para o espaço metropolitano, pois eles
foram originalmente projetados para atender às demandas das operadoras de longa
distância. A vantagem do DWDM ao eliminar os caros regeneradores nas redes de
longa distância não se aplica às redes metropolitanas, onde os amplificadores
ópticos ou não são necessários ou blocos de ganho de baixo custo, empregando
lasers de bombeio baratos, sem cooler, facilmente atendem aos requisitos
impostos pelas distâncias dos anéis metropolitanos.
Desta forma, a tecnologia CWDM
promete contribuir significativamente para o crescimento das redes ópticas por
prover uma alternativa barata ao desenvolvimento em massa de equipamentos WDM
que as redes metropolitanas requerem.
Os sistemas baseados em CWDM são
tipicamente projetados para ter comprimentos de onda bastante espaçados entre
si, desde 1300 até 1620 nm. Tais sistemas lembram seu “primo de alta
densidade”, o DWDM pois possuem fontes operando em diferentes comprimentos de
onda, um filtro para combinar todos os canais numa única fibra e outro filtro
para separá-los no lado do receptor. Além disso, a adição e remoção de canais
no meio do sistema pode ser feita pela mesma tecnologia usada nos sistemas
DWDM. A principal diferença é que no DWDM o espaçamento entre canais pode ser
tão pequeno quanto 0,2 nm (25 GHz), enquanto no CWDM, o espaçamento típico
entre canais é de 20 nm.
A tecnologia anterior (ATM/SDH/DWDM)
usa os recursos de maneira ineficiente, tem grande overhead de administração
constituindo-se uma tecnologia cara e complexa, principalmente se tiver que
carregar o IP como cliente. Pode-se diminuir a complexidade com a remoção do
ATM e trabalhar com o IP diretamente sobre o SDH na arquitetura IP/SDH/DWDM.
Esta arquitetura é mais eficiente, os equipamentos já estão no mercado
incentivados pelos principais produtores de roteadores IP. Entretanto é
inadequado para serviços multimídia com banda variável.
Outra perspectiva para diminuir a pilha
de protocolos é centrar os comutadores na tecnologia ATM, removendo o SDH.
Colocar switches ATM gerenciando recursos no núcleo da rede e roteadores IP nas
bordas. Esta é a perspectiva mais comum na Internet de hoje, mas com poucas
possibilidades para ampliação (difícil "scalability") abrindo
oportunidades para as redes ópticas. IP/ATM/DWDM é mais eficiente para
implementação de grooming, adaptável para voz e dados, ótimo gerenciador de
qualidade de serviço, ideal para serviços tipo multimídia, forte potencial para
gerenciamento da rede óptica e apresenta um relativo compromisso entre alto
overhead e uma eficiente ocupação de banda. Entretanto há poucas interfaces de
2,5 Gb/s disponíveis no mercado e não está amadurecida como camada de
transporte que oferece gerenciamento e proteção.
Utilizar IP diretamente sobre DWDM é
a tecnologia que garante menor custo por bit. Este tipo de abordagem está sendo
adotado pelos novos provedores de serviços Internet. Como esta configuração
(IP/DWDM) não tem padronização, proteção e qualidade de serviço, ou estas
funcionalidades ainda são muito rudimentares, não estão ganhando a confiança
das operadoras de telefonia que por isto preferem continuar com as alternativas
mais confiáveis e seguras. IP/DWDM se caracteriza por possuir um overhead de
administração pequeno, baixo custo de operação de rede, facilita proteção e
gerenciamento da rede óptica e migração para serviços baseados em IP.
Entretanto usa banda ineficientemente, proteção e gerenciamento ainda imaturos.
Há um número limitado de elementos de rede que são capazes de suportar 2,5Gb/s
e é difícil justificar financeiramente os enlaces com taxas menores que esta
consumindo um comprimento de onda só para ele. A ENRON, uma empresa de
distribuição de energia nos EUA que entrou no ramo de fornecimento de
infra-estrutura para empresas provedoras de serviço de Internet, é um exemplo
de empresa que utiliza a arquitetura simplificada IP/DWDM.
A rede óptica de transporte está
sendo padronizada pela ITU-T sendo que a recomendação que é o carro chefe no
momento é a G.709 que trata do controle de erro e do mapeamento dos clientes
sobre um envelope óptico. Este envelope está sendo montado para possibilitar o
envio de clientes como o IP ou o ATM, ou ainda um quadro 10 GbEthernet, ou mesmo
um quadro SDH por milhares de quilômetros sem conversão eletro-óptica. O
envelope carrega um FEC (Forward Error Correction) poderoso capaz de trazer uma
taxa de erro de 10-7 de volta aos confortáveis 10-12 das redes ópticas de curta
distância. Numa rede de acesso onde a informação percorre longas distâncias
sendo comutada opticamente nos OXC's ou OADM's este envelope com correção de
erro pode ser também uma boa opção. A seguir apresentamos um resumo de como
está sendo montado este envelope óptico da G.709.
A recomendação G.709. são definidos
os módulos ópticos que constituem a interface entre nós da OTN pertencentes a
diferentes domínios administrativos. Estes módulos de transporte chamados de
OTM-n.m (Optical Transpor Module) são capazes de carregar clientes como
datagramas IP, células ATM, quadros 10GEth sem utilizar quadros SDH
intermediários. Os quadros STM-N, por sua vez, também são tratados como
clientes da OTN e podem ser mapeados nos módulos OTM-n.m Nesta nomenclatura, n
(n={1,2,...}) representa o número de circuitos ópticos ou comprimentos de onda
presentes e m (m={1,2,3,12,13,23,123}) indica as taxas k presentes entre os n
comprimentos de onda, onde k=1 representa clientes na taxa de 2,5 GB/s; k=2
representa 10 Gb/s e k=3 representa 40 Gb/s. Estas taxas não são fixadas com
exatidão como no SDH, mas podem variar dentro de ± 20 ppm.
Estão previstos os cabeçalhos
associados para mapeamento de clientes, monitoração de conexões e indicação de
erros. Está previsto também, embora não padronizado ainda, a existência de
cabeçalhos não associados que são incluídos opticamente em um canal de
supervisão para gerenciamento da multiplexação e transmissão óptica. O envelope
óptico é montado eletronicamente contendo os dados dos clientes, os cabeçalhos
associados e um FEC. Os cabeçalhos não associados correspondem aos cabeçalhos
OCh-OH, OMS-OH e OTS-OH que são transmitidos opticamente em um canal de
supervisão no comprimento de onda λosc = 1510 nm (definido na G.692).
O envelope óptico é definido conforme
a Figura 3, sendo constituído por 4 linhas e 4080 colunas totalizando
4x4080=16320 octetos. Deste total, carregam dados dos clientes apenas os bytes
compreendidos entre a coluna 17 e a coluna 3824, totalizando 4x3807=15228
bytes. O overhead totaliza, então, 1092 bytes para cada envelope de 16320 bytes
transmitidos. O conteúdo do cabeçalho ODUk-OH, da camada ODUk, está mostrado
com detalhe na Figura 4. Neste cabeçalho são registrados dados para
identificação e manutenção das conexões (Tandem connections). Detalhamento do
cabeçalho OTUk-OH é apresentado na imagem.
1.No SDH,
um agregado STM-1 é formado por:
4) 63 x VC-12
2. A
arquitetura de anel SDH que faz proteção de via é a:
3) SNCP.
3) Considere as
seguintes afirmativas sobre aplicações DWDM metropolitano:
Redes tronco de alta capacidade e
escalabilidade
Usada para aplicações especializadas como a
SAN (Storage Area Network)
4. A
tecnologia de rede óptica WAN emergente com menor custo/bit para transporte IP:
1) IP sobre DWDM
5. Um sinal
óptico OTN com a designação OTM 10,12 significa:
5) 10 comprimentos de
onda, com sinal cliente (ODU) de 2,5 e 10G.
AV1
1.) FIBRA ÓTICA Pontos: 0,0 / 0,5
Na década de 80 do século passado, foi inaugurado o primeiro cabo submarino feito de fibra ótica. Atualmente todos os continentes da Terra já estão conectados por cabos submarinos feitos dessa fibra. Na comunicação por fibra ótica, o sinal se propaga obedecendo a um importante fenômeno da ótica geométrica. Assinale a alternativa que apresenta esse fenômeno.
R) Reflexão interna total
2.) NATUREZA DA LUZ Pontos: 0,5 / 0,5
Sob determinadas condições é possível ouvir o eco de um som emitido por uma pessoa. O fenômeno acústico que explica o eco é:
R) Reflexão
3.) CONCEITOS SOBRE FIBRA OPTICA Pontos: 0,5 / 0,5
Qual o princípio de transmissão de luz na fibra óptica ?
R) Reflexão devido às diferenças no índice de refração entre núcleo e casca.
4.) INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÕES ÓTICOS Pontos: 0,0 / 1,0
As proposições a seguir dizem respeito às dificuldades e progressos envolvidos no desenvolvimento dos sistemas de telecomunicações óticos e aos elementos básicos dos mesmos.
a) Com a invenção da lâmpada, foram desenvolvidos sistemas de comunicação ótica pelo ar. No entanto, dentre outras limitações, tais sistemas requeriam visibilidade entre transmissor e receptor.
b) Os primeiros LEDS e lasers desenvolvidos possuíam apenas a limitação de emitir com baixas potências.
c) A pureza obtida no processo de fabricação de uma fibra óptica tem relação direta com as características de atenuação e dispersão dessa fibra.
d) Um transmissor ótico restringe-se a um LED ou laser.
e) Um receptor óptico engloba, basicamente, um fotodetector e um circuito para amplificação, decisão e regeneração do sinal.
Analise as questões acima e marque a opção correta:
Somente estão corretas aas opções: a, c, e.
5.) CONCEITOS SOBRE FIBRA ÓPTICA Pontos: 0,5 / 0,5
Com a transmissão de luz, podemos afirmar:
r) Ondas eletromagnéticas não necessitam de um meio físico para se propagar.
6.) CARACTERISTICA SOBRE FIBRA ÓPTICA Pontos: 0,0 / 1,0
Quais as partes constituintes dos cabos ópticos?
r) Capa e elemento de tração.
7.) REFRAÇÃO Pontos: 0,0 / 1,0
Sobre o fenômeno da Refração, é correto afirmar que:
r) quando a luz passa de um material onde seu índice de refração é maior para outro onde seu índice de refração é menor, aumenta o ângulo formado com a normal.
8.) CONCEITOS SOBRE FIBRA ÓPTICA Pontos: 1,0 / 1,0
Qual o tipo de dispersão que é eliminada quando usamos fibras monomodo?
R) Modal.
9.) CARACTERISTICA SOBRE FIBRA ÓPTICA Pontos: 1,0 / 1,0
Não é características da fibra óptica:
R) Pequena banda passante.
10.) CARACTERISTICA SOBRE FIBRA ÓPTICA Pontos: 1,0 / 1,0
Qual tipo de índice de refração é aceito na EIA/TIA 568 A para fibras multimodo?
R) Gradual.
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